03/08/201207h59
Brasil vence a China no sufoco e tem de secar as rivais para não cair no vôlei feminino
Gustavo Franceschini
Do UOL, em Londres (Inglaterra)
Do UOL, em Londres (Inglaterra)
- AFP PHOTO / KIRILL KUDRYAVTSEVPaula Pequeno (nº 4) vibra muito após ponto do Brasil contra as chinesas
O Brasil
voltou a vencer, mas com muito sacrifício e repetindo as falhas de
sempre. Com direito a bons momentos e “apagões”, a seleção fez
3 a 2 (25-18, 20-25, 25-18, 28-30 e 15-10) na China, empatou no
quarto lugar e agora tem de torcer contra suas rivais diretas para
seguir sonhando com a vaga na próxima fase.
A Olimpíada
adota o sistema de pontos da FIVB (Federação Internacional de
Vôlei), em que uma vitória por 3 a 0 ou 3 a 1 vale três pontos, e
um jogo que vai para o tie-break rende dois pontos para os vencedores
e um para os perdedores. Neste cenário, o Brasil está empatado na
quarta colocação com a Turquia. Ambas equipes têm quatro pontos,
mas as europeias ainda jogam nesta sexta contra a Coreia do Sul.
Se perder sem
levar o jogo ao tie-break, a Turquia deixa o Brasil em uma situação
menos complicada no grupo. Neste cenário, precisaria vencer a
lanterna Sérvia na última rodada e torcer para os Estados Unidos,
primeira força do grupo, baterem a Turquia.
Caso a Coreia
vença nesta sexta por 3 a 2, a Turquia ainda fica um ponto à frente
do time de José Roberto Guimarães e entra em vantagem no domingo.
Caso a Turquia surpreenda e vença a Coreia, o Brasil vai depender de
um triunfo e do desempate na média de pontos ao fim da primeira fase
para saber se avança.
E pelo que o
time mostrou em quadra nesta sexta, o técnico José Roberto
Guimarães ainda tem com o que se preocupar além da matemática. O
primeiro set começou animador. Com Dani Lins começando no lugar de
Fernandinha, o Brasil teve sua melhor atuação no torneio até
agora. O ataque, grande calcanhar de Aquiles da equipe até agora,
acertou 55% das tentativas, mais que o dobro da média do time no
torneio, que gira em torno de 26%.
Neste
cenário, o Brasil não teve grandes dificuldades para fechar o
primeiro set em 25 a 16, com apenas 25 minutos de jogo. A segunda
parcial, no entanto, expôs o maior defeito do Brasil, as oscilações
durante a partida, tão criticadas por Zé Roberto após a derrota
para a Coreia do Sul.
A China,
mesmo acertando muito pouco, abriu uma vantagem confortável no
início do set, contou com erros bobos do Brasil e venceu por 25 a
20, sem muita resistência da seleção, que errava muito na recepção
e voltou a falhar no ataque, com o aproveitamento caindo para cerca
de 20%. Empolgada, a equipe asiática ainda começou a terceira
parcial com o jogo equilibrado, mas Jaqueline e companhia voltaram a
acordar.
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